As obras da Hidrelétrica Cazuza Ferreira, às margens do rio Lajeado Grande, no Distrito de Cazuza Ferreira, em São Francisco de Paula, foram visitadas, na sexta-feira, dia 16, pelo secretário estadual de minas e energia, Lucas Redecker. Acompanhado por assessores e pelo prefeito de São Francisco de Paula, Antonio Juarez Hampel Schlichting, Redecker foi recepcionado por diretores e colaboradores da Certel, Coprel e Geopar, as três sócias do empreendimento que, com uma potência instalada de 9.100 kilowatts (kW), vai gerar energia limpa para mais de 27 mil pessoas a partir do ano que vem. Até 1996, o mesmo local abrigava uma pequena usina de 150 kW da Cevicaf, cooperativa que acabou sendo incorporada pela Certel em 2001.
Os visitantes conheceram todas os setores da futura usina, como a barragem, casa de máquinas, tubulação forçada, tomada d’água e o local em que será construída a subestação elevadora. Com 85% de suas instalações concluídas, a hidrelétrica segue o padrão dos demais empreendimentos das cooperativas, respeitando as normas e legislações ambientais vigentes. Tanto que um dos focos desta obra é a manutenção do aspecto cênico da cachoeira existente nas proximidades do local.
Benefícios
O presidente da Certel, Erineo José Hennemann, enalteceu a importância da visita do secretário Redecker, visto que a Cazuza Ferreira está entre as duas hidrelétricas em construção atualmente no Rio Grande do Sul. Destacou o engajamento de lideranças da Certel, Certaja e Cevicaf, que contribuíram para que o empreendimento se viabilizasse, e sublinhou as riquezas que serão repassadas a São Francisco de Paula através da geração de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Muitos benefícios serão possibilitados, principalmente à comunidade de Cazuza Ferreira, que passará a ser vista de uma maneira diferenciada com esta hidrelétrica”, pontuou.
Juntamente com os gerentes de engenharia e planejamento, Hélio Pires; de implantação, Carlos Jachimovski; e administrativo-comercial, Juliana Brune; o diretor de geração da Certel, Julio Salecker, frisou que as obras iniciaram em julho de 2014 e o início da operação comercial está previsto para março de 2016. Enfatizou que a hidrelétrica é certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e que estão sendo investidos na obra em torno de R$ 34 milhões.
Exemplo
“É muito importante sair de dentro da Secretaria e avaliar, in loco, a dimensão das obras e o quanto elas são significativas”, avaliou Redecker, acrescentando que a Cazuza Ferreira servirá de exemplo pelo baixo impacto ambiental e pelo retorno que dará à sociedade. “Vemos que, sendo bem feito, com estudo, competência e acompanhamento técnico, temos um impacto e uma dimensão muito menor do que muitas vezes se debate, mostrando que investir em energia hídrica é fundamental”, afirmou.
Segundo o secretário, cooperativas como Certel e Coprel servem de exemplo para a sociedade e até para outros estados. Na visão de Redecker, muitos empreendimentos só se tornaram possíveis por serem administrados por cooperativas. “Vemos que as cooperativas de eletrificação rural geralmente chegam a lugares e regiões com dificuldade de acesso por serem incansáveis”, completou.
Desenvolvimento
Acompanhado pelo secretário de administração, Marcos Davi Kirsch, e pelo vereador, Assis Tadeu Barbosa Velho, o prefeito disse que acompanha o projeto da obra desde 1993, quando era vereador, e considera o investimento importante do ponto de vista econômico, social e ambiental. Avaliou a futura usina como um case de sucesso e de integração do desenvolvimento com cuidado ambiental. Considerou-a como uma prova de que se pode gerar energia e ajudar o município, o estado e o país sem danificar o meio ambiente, preservando-o e direcionando os investimentos para projetos socialmente viáveis. “Temos aqui um empreendimento moderno, limpo e muito bem organizado, com tecnologia de ponta. Vai gerar grandes dividendos e uma receita significativa para São Francisco de Paula. Por gerar energia limpa, também ajudará o país a diminuir a necessidade de geração por termelétricas, que geram grande impacto ambiental”, comentou.
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