quinta-feira, 28 de março de 2013

Com público recorde, assembleias da Certel e da Certel Energia foram coroadas de êxito


Mais de mil associados aprovaram, na manhã de terça-feira, dia 26, a prestação de contas de 2012 da Cooperativa de Distribuição de Energia Teutônia (Certel Energia) e da Cooperativa Regional de Desenvolvimento Teutônia (Certel). Em Assembleias Gerais Ordinárias sediadas no Parque do Imigrante, em Lajeado, uma ampla estrutura recebeu o maior público já registrado em eventos assembleares das cooperativas: 1.032 associados e 388 acompanhantes, num total de 1.420 pessoas. Além de destacar o faturamento de mais de R$ 355 milhões e relacionar detalhadamente as atividades desenvolvidas no ano passado, citadas no relatório anual, a reunião também serviu para debater sobre um tema muito importante, a redução tarifária nas faturas de energia elétrica dos associados da Certel Energia.

 Certel Energia
A primeira assembleia, da Certel Energia, destacou que a cooperativa encerrou 2012 com um incremento de 6,32% no consumo de energia elétrica, superior ao de 2011, de 5,38%, e também aos do Brasil, de 3,5%, e da Região Sul do País, de 4,9%. O quadro social esteve representado por 58.859 associados/consumidores. A infraestrutura da cooperativa encerrou o ano com 5.664 quilômetros de rede e 64.327 postes instalados, dos quais 1.262 ainda eram de madeira. Foram distribuídos 316.581.817 kilowatts/hora (kWh).

O investimento da Certel Energia foi de R$ 20,7 milhões, dos quais R$ 12,9 milhões aplicados na melhoria e ampliação do sistema elétrico, e R$ 7,8 milhões em manutenção. O Disque Certel Energia, através do telefone gratuito 0800 516300, recebeu 76.976 ligações. Já o tempo médio de atendimento (TMA) foi de 95 minutos. A cooperativa teve uma receita operacional de R$ 125.068.745,49.

Certel
Já a assembleia da Certel apontou sobre os resultados dos variados negócios da cooperativa. As Lojas Certel encerraram o ano com 69 lojas, sendo que foram inauguradas, em 2012, as filiais de Nova Prata, Sapucaia do Sul e Cachoerinha.

Na área de geração, o ano foi marcado pela forte atuação na construção da Hidrelétrica Rastro de Auto, de 7.020 kW, entre São José do Herval e Putinga, em sociedade com a empresa paranaense Electra Power, cuja inauguração está prevista para o primeiro semestre deste ano. Foram protocolados, na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), quatro projetos básicos de aproveitamentos hidrelétricos no Rio Pardo, permanecendo dois projetos básicos em elaboração. Estiveram em andamento dois projetos executivos, das hidrelétricas do rio da Várzea, com 42.533 kW de potência instalada, e da Hidrelétrica Cazuza Ferreira, no rio Lajeado Grande, em São Francisco de Paula, com 9.100 kW.

Com a instalação de duas máquinas totalmente automatizadas para produção de blocos de concreto e pavimentos intertravados, a Certel Artefatos de Cimento aumentou sua capacidade produtiva, possibilitando o crescimento e a ampliação para novos mercados. Consolidou também a comercialização de postes de concreto junto a concessionárias, com 2.400 postes por mês.

O provedor CertelNET manteve sua atuação em 29 municípios dos Vales do Taquari e Caí. Buscando atender cada cliente corporativo de maneira customizada, criou uma estrutura específica, tanto comercial como técnica. Redesenhou seus planos de acesso, disponibilizando em toda sua área de atuação velocidades que vão de 512 kbps até 10 Mbps. Buscando a agregação de novos serviços a seu portfólio atual, o ano foi marcado pela realização de um planejamento criterioso e completo, visando a expansão tecnológica e geográfica do provedor.

Já a Cigha Construtora e Incorporadora, numa parceria entre Certel e Imojel, dedicou-se à construção do Condomínio Residencial Valquírias, em Santa Cruz do Sul, bem como à aquisição de áreas para futuras edificações.

A Certel encerrou o ano com uma receita operacional de R$ 230.573.184,94.

 Redução tarifária
No que diz respeito à Lei 12.783, de 11 de janeiro deste ano, que determinou a redução tarifária nas contas de energia elétrica em âmbito nacional, anunciada pela Presidente da República, Dilma Rousseff, no dia 23 de janeiro, e que ainda não contemplou as cooperativas de eletrificação, duas faixas confeccionadas pela Certel Energia foram expostas com destaque, traduzindo a indignação e revolta da cooperativa e dos associados.

O presidente, Egon Édio Hoerlle, disse que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) programou a conclusão da Revisão Tarifária Extraordinária para o dia 2 de abril, o que deve beneficiar o sistema cooperativo. “Estamos de mãos amarradas. Tínhamos antes uma gestão atrelada à lei cooperativista, e agora temos que respeitar as leis da Aneel, que nos marginalizaram, nos deixando de lado, pois fomos colocados em segundo plano”, protestou.

Hoje, se a Certel Energia autorizasse o desconto que foi dado para as outras concessionárias, teria um prejuízo mensal de R$ 2,1 milhões. “Estamos ainda praticando a tarifa velha, e queremos ser brasileiros, igual aos outros, como foi anunciado na mídia. Por que nós, sócios de cooperativa, não podemos ter o mesmo direito? Estamos numa encruzilhada”, sentenciou.

Hoerlle caracteriza esta situação como angustiosa. “Vejo com extrema dificuldade o futuro da Certel Energia, que tem um passado brilhante, um nome a zelar e um trabalho desenvolvido sem o qual muitos agricultores não teriam progresso e desenvolvimento. Porque, no passado, as concessionárias não tinham nenhum interesse de levar energia para o meio rural, pois não era rentável”, justificou.

Os associados ainda aderiram a um abaixo-assinado proposto pela Certel Energia, que será homologado e encaminhado à Aneel, exigindo os mesmos direitos ao cooperativismo de eletrificação.

Agradecimento
O presidente destacou e agradeceu pelo comprometimento dos associados. Baseando-se em um provérbio, disse que andar sozinho é possível, mas frisou que um bom andarilho, na jornada da vida, precisa de bons companheiros. “E vocês, associados, conselheiros, líderes de núcleo, diretores e colaboradores, têm sido companheiros leais que defendem ardorosamente a nossa cooperativa. Caminhamos até aqui e conseguimos consolidar um patrimônio expressivo, e isso deve ser ressaltado. Não existem obstáculos intransponíveis para aquela pessoa que alimenta, no fundo da alma, o espírito vencedor. E nós todos somos vencedores, pois juntos construímos a grandeza patrimonial das nossas cooperativas”, afirmou.

Avaliação
Para a associada Maria Regina Traslatti dos Santos, de Cazuza Ferreira, São Francisco de Paula, participar das assembleias foi uma questão de orgulho. “Como a cooperativa nos abastece com energia de qualidade, e como sou cliente há anos da Loja Certel de Caxias do Sul, estamos sendo muito bem-servidos. Se temos ‘grandes famílias’ reunidas discutindo sobre um bem comum, isso é fundamental, e é assim que tem que ser. Se vivemos numa democracia, a cooperativa precisa mostrar o que é feito anualmente”, avaliou.

Eurico José Souza, associado de Taquara, afirmou que as assembleias retratam sobre as importantes atividades das cooperativas. “A qualidade da energia que chega a minha casa é boa e, de dois anos para cá, melhorou mais ainda, pois a cooperativa instalou um transformador bem próximo a minha residência para dar melhor estabilidade no fornecimento de energia, com menos quedas e sem oscilações. As assembleias, a exemplo dos serviços oferecidos, foram produtivas”, frisou.

O associado Francisco Schaeffer, de Linha Germano, Teutônia, também aprovou a reunião assemblear, principalmente, o abaixo-assinado proposto para reduzir as tarifas de energia. “Foi uma assembleia exitosa. Devemos aderir ao abaixo-assinado e lutar pelo nosso direito. É mais uma prova de que a cooperativa está do nosso lado”, exclamou.

Para Célia Radavelli, de Boa Vista do Sul, que pelo segundo ano participa das assembleias, o associado tem o dever de participar. “Assim, ficamos por dentro de tudo que acontece. Estou bastante satisfeita com a cooperativa, pois a energia que recebemos é essencial para a avicultura, nossa principal fonte de renda”, enfatizou.

 

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