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Teve início na manhã de sexta-feira, dia 24, a segunda edição do curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras), na sede da Certel, em Teutônia. Destinado aos colaboradores da cooperativa, o curso é ministrado pelo jovem Carlos Alberto Nicolay, com auxílio da monitora Marciele Allebrandt, ambos deficientes auditivos que trabalham na Certel. Em 2011, as aulas eram proferidas pela professora Marisa Brandão Leuchtenberger, da Secretaria de Educação de Teutônia, que continua prestando serviços de tradução em Libras nos eventos da empresa.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 24 milhões de deficientes no Brasil e, destes, 65,7% não alfabetizados, 29,2% com ensino fundamental incompleto e apenas 5,1% com ensino fundamental completo. Para o gerente de Recursos Humanos da Certel, Alexandre Marcelo Schneider, isto significa que, numa época de “apagão de talentos”, abre-se mão de preparar uma grande parcela de profissionais pelo simples fato de serem diferentes e necessitarem de outra abordagem ou estrutura de aprendizado.

“A sociedade precisa olhar para esse aspecto e fazer sua parte: acolher e desenvolver. Desta forma, estaremos fazendo um bem muito maior, resgatando a cidadania destas pessoas e fazendo com que se sintam úteis na sociedade, pois a maioria delas esbanja capacidade e pode desenvolver tarefas com resultados qualificados como qualquer outra pessoa”, avalia.

O presidente da cooperativa, Egon Édio Hoerlle, salienta a importância desta inclusão social possibilitada a pessoas que tenham algum tipo de deficiência. “São pessoas que, muitas vezes, vivem à margem da sociedade que lhes restringe algo que é valioso para o ser humano melhorar sua autoestima: o direito à oportunidade”, relata. A Certel tem reservado parte de suas vagas para pessoas com deficiência em todos seus processos seletivos, desde que a função permita a sua inserção nessas condições.