quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ocergs teve última reunião do ano em Teutônia


Os integrantes do Conselho Diretor do Sitema Ocergs/Sescoop-RS (Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) realizaram a última reunião ordinária de 2010 na terça-feira, dia 16. O encontro ocorreu em Teutônia, no auditório da Certel. A pauta incluiu o projeto de Comunicação do sistema cooperativista, a contribuição sindical de 2011, a posição da contribuição cooperativista em 31/10/2010, entre outros assuntos.
Os conselheiros lembraram o aniversário de 100 anos da Cotribá, no dia 21 de janeiro – em 10 de dezembro, a final do 4º Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo será realizada em Ibirubá, como forma de homenagear a centenária. Os membros do Conselho também foram convidados a participar do evento em comemoração à irmandade de Nova Petrópolis e Sunchales, capitais do cooperativismo, no dia 30 de novembro.
Após a reunião, os conselheiros conheceram as instalações do Centro de Operações da Certel Energia, o provedor de internet CertelNet, o viveiro de mudas da Certel e a Hidrelétrica Boa Vista. Um almoço de integração foi oferecido pela Certel.
No final do evento, o presidente do Sistema Ocergs/Sescoop-RS, Vergilio Frederico Perius, concedeu entrevista coletiva à imprensa.

Porque as reuniões do conselho são interiorizadas?
Exatamente para que se possa conhecer a história de cada cooperativa, alargando conhecimento e aprofundando a proposta cooperativista em algumas áreas. E a Certel é uma cooperativa histórica, a maior e mais antiga do Brasil na área de infraestrutura. Ela tem tudo para nos mostrar, desde a preservação da natureza, a produção de energia limpa e renovável, além das outras atividades relacionadas com o desenvolvimento rural da nossa região.

O que foi discutido na reunião?
Temas de extrema importância para o desenvolvimento do cooperativismo, especialmente para os próximos anos de administração estadual e federal. O cooperativismo se posicionou no sentido de sinalizar para uma Secretaria forte da área cooperativista, para que possamos fazer boas parcerias e ter boas políticas públicas para o desenvolvimento do cooperativismo do Estado.

Como vês a importância das cooperativas de eletrificação?
Receberam prêmios internacionais e nacionais, sendo a Certel premiada duas vezes em nível nacional pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em reconhecimento a sua produção de energia limpa, renovável e sustentável. Tudo que o mundo precisa hoje, tudo que é moderno, a Certel faz. Além do mais, é uma empresa com mais de mil empregados, gerando riqueza, trabalho, renda, mão-de-obra, para que o desenvolvimento da região seja forte. No município de Teutônia, 82% da população são sócios de alguma cooperativa, seja Certel, Languiru, ou Sicredi Ouro Branco.

Qual a necessidade da intercooperação entre cooperativas?
É o caminho da nossa força de integração. Se temos uma cooperativa com mais de 50 mil sócios, como a Certel, qual seria nossa força com 2 milhões de gaúchos e gaúchas ligados a 800 cooperativas. O segredo de descobrir esta força é o segredo de sucesso do cooperativismo. Evidentemente que as costuras e as integrações ainda precisam ser feitas, mas gradativamente, com o sistema se organizando em ramos, com centrais e federações, nós só podemos crescer fortemente se formos unidos e, a partir daí, conquistarmos fatias de mercado cada vez maiores.

Quais os principais anseios do cooperativismo para com o próximo governo?
Em nível de Estado, diria que é a mudança do Fundo Operação Empresa (Fundopem), que prejudica muito o nosso sistema. A criação de uma Secretaria Estadual muito forte na área cooperativista e, especialmente, mexer um pouco no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). E uma linha de financiamento especial para as cooperativas de infraestrutura, para que pudessem financiar a construção de linhas trifásicas, uma vez que a maioria hoje é monofásica. Para desenvolver melhor o Rio Grande do Sul, precisamos de energia trifásica. Em nível federal, o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Sem essa mudança, nós não vamos muito longe no setor agrícola. E no crédito, que deixem conviver as cooperativas como elas estão hoje, com ampla liberdade de atuação, sem nenhum privilégio, mas com firme propósito de criar um sistema financeiro mais consolidado no Brasil inteiro. Ainda nas áreas de saúde e infraestrutura, que as agências reguladoras sejam mais amigas do cooperativismo. E, principalmente, nós também queremos ocupar espaço nas direções dessas agências reguladoras.

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