terça-feira, 4 de outubro de 2011

Certel amplia oportunidades para pessoas com deficiência


O consumidor moderno começa a avaliar com mais profundidade a origem dos produtos que consome. A popularização dos meios de comunicação, especialmente a Internet, permite que as pessoas, ao consumirem um produto, queiram saber mais informações sobre a empresa que o produz. Não basta que o produto seja bom, é necessário que a empresa seja socialmente responsável, ou seja, contribua de fato com a sustentabilidade social e ambiental das regiões onde atua.
Para o presidente da Certel, Egon Édio Hoerlle, as cooperativas têm se destacado nesse quesito. Elas se diferenciam de outras organizações por serem sociedades de pessoas e não de capital. Desenvolver o aspecto social faz parte da sua essência, e, no caso da Certel, é marca registrada já há muito tempo. Segundo o presidente, o lançamento realizado internamente pela cooperativa, em setembro, do projeto “Realizando com pessoas realizadas”, focado especificamente na inclusão de Pessoas com Deficiência no ambiente de trabalho, tem tudo a ver com a filosofia humanista do cooperativismo. “São pessoas que, muitas vezes, vivem à margem da sociedade que lhes restringe algo que é valioso para o ser humano melhorar sua autoestima: o direito à oportunidade”, relata Hoerlle.
Como uma das etapas do projeto, vários colaboradores da empresa já participam de um curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras). As aulas são realizadas às sextas-feiras, das 7h30min às 8h30min, com orientação da professora Marisa Brandão Leuchtenberger, da Secretaria de Educação de Teutônia.
Na aula do dia 30 de setembro, os participantes deram as boas-vindas à jovem Marciele Allebrandt, surda adepta da Lígua Brasileira de Sinais, que foi contratada como colaboradora do provedor CertelNET. A Certel tem reservado parte de suas vagas para pessoas com deficiência em todos seus processos seletivos, desde que a função permita a inserção de pessoas nessas condições.

Saiba mais
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 24 milhões de deficientes no Brasil e, destes, 65,7% não alfabetizados, 29,2% com ensino fundamental incompleto e apenas 5,1% com ensino fundamental completo. Para o gerente de Recursos Humanos da Certel, Alexandre Marcelo Schneider, isto significa que, numa época de “apagão de talentos”, abre-se mão de preparar uma grande parcela de profissionais pelo simples fato de serem diferentes e necessitarem de outra abordagem ou estrutura de aprendizado. “A sociedade precisa olhar para esse aspecto e fazer sua parte: acolher e desenvolver. Desta forma, estaremos fazendo um bem muito maior, resgatando a cidadania destas pessoas e fazendo com que se sintam úteis na sociedade, pois a maioria delas esbanja capacidade e pode desenvolver tarefas com resultados qualificados como qualquer outra pessoa”, avalia.

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